DIABETES - Medida da Glicemia Capilar

中文   Français   Deutsch   Italiano   日本   English   Россию   Español

 

O Diabetes Mellitus é uma doença tão antiga como a humanidade. No papiro de Ebers(2500 a.C.), descoberto no Egito, já se descreviam sintomas que pareciam corresponder ao diabetes. Foi Areteu da Capadócia quem, no século II da era cristã, deu a esta afecção o nome de diabetes, que em grego significa sifão, (correr através de) referindo-se à eliminação exagerada de água pelo rim. No nesmo século, Galeno, também se referiu ao diabetes, atribuindo-a a incapacidade dos rins em reter água como deveriam. No século XI, Avicena descreveu com clara precisão esta afecção em seu famoso Cânon da Medicina. Em 1679, após um longo intervalo, Thomas Willis fez uma descrição do diabetes, ficando desde então reconhecida por seus sinais e sintomas como entidade clínica. Foi ele quem, referindo-se ao sabor doce da urina, lhe deu o nome de Diabetes Mellitus (DM) (adoçada como mel), apesar de esse fato já ter sido registrado cerca de mil anos antes na Índia, por volta do ano 500 a.C..

Deve-se, no entanto, ao médico e ao estudante de medicina canadenses Frederic Banting e Charles Best, em 1921, à descoberta da Insulina, que conseguiram demonstrar seu efeito hipoglicêmico (efeito de diminuir a glicose no sangue). Esta descoberta significou uma das maiores conquistas médicas do século XX, porque transformou a expectativa de vida dos diabéticos e ampliou horizontes no campo experimental e biológico para o estudo da diabetes e do metabolismo dos glicídios.

O Diabetes é uma disfunção da glândula chamada pâncreas, que perde a capacidade de produzir o hormônio chamado insulina de forma parcial ou total. Com isso, ocorre o aumento da glicose no sangue (hiperglicemia), que acaba prejudicando o metabolismo dos carboidratos (glicídios), das gorduras (lipídios) e das proteínas (protídios).

 

O Diabetes mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina ou também da incapacidade da insulina em exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica, freqüentemente acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial, que pode ser por fatores hereditários e/ou ambientais. O Tabagismo e o sedentarismo são fatores que aumentam as chances de se contrair o diabetes. Os sintomas mais freqüentes da Diabetes são: Cansaço, sede exagerada, visão embaçada, aumento expressivo do volume urinário, dores no corpo, perda de peso, fome exagerada, infecções freqüentes e recorrentes e cicatrização lenta de feridas.

Principais sintomas de DIABETES

 

O Diabetes apresenta diversas formas clínicas (Tabela 1), classificado em: Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2, Diabetes Gestacional e Outros tipos de de Diabetes.

O controle da glicemia, através da avaliação dos níveis de glicose sangüínea, possibilita a prevenção de várias complicações crônicas responsáveis pela alta morbidade verificada no Diabetes mellitus. A determinação dos níveis de glicose, que traduzem a glicemia em um determinado momento (glicemia em jejum ou pós-prandial) ou que refletem os níveis médios de glicemia retrospectivamente (hemoglobina glicada e frutosamina), podem não caracterizar as condições que cursam com flutuações nas taxas de glicemia.

O diagnóstico deve ser comprovado através do exame laboratorial de sangue (glicemia), que pode ser realizado em três condições:

  1. Com glicemia pela manhã em jejum de pelo menos 8 horas (uma noite) e o resultado igual ou superior a 126mg/dl é sugestivo de diabetes;
  2. Com glicemia 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose (a glicose é ingerida com água, após jejum de uma noite e o sangue é colhido 2 horas após para dosagem da glicose), o resultado igual ou superior a 200mg/dl é sugestivo de diabetes;
  3. Com glicemia casual (o sangue deve ser colhido em qualquer horário do dia, sem relação com alimentação) esta glicemia deve ser realizada apenas nas pessoas que estão apresentando quadro clínico sugestivo de diabetes (muita fome, muita sede e muita urina) e o resultado igual ou superior a 200mg/dl é sugestivo de diabetes. Um resultado positivo por qualquer critério acima, deverá ser referendado nos dias subsequentes por uma nova glicemia de jejum ou 2 horas pós-sobrecarga.

A auto-monitorização glicêmica, que é a prática do paciente diabético medir regularmente a sua própria glicemia através de fitas e/ou aparelhos de uso doméstico (glicosimetros – Glicemia capilar), é uma oportunidade para o diabético assumir o controle da sua própria saúde. O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia durante o dia, em momentos que interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do plano alimentar, da medicação oral e principalmente da administração de insulina, assim como orientar as mudanças no tratamento. Medir freqüentemente a glicemia é uma das melhores maneiras de determinar se o tratamento para o diabetes está sendo efetivo, isto é, se a glicemia está sendo mantida o mais próximo do normal possível. Deste modo, a glicemia capilar serve para o seguimento do diabetes, mas não para o seu diagnóstico.

A medida da glicemia capilar é um dos serviços que, segundo a RDC nº 44/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), podem ser realizados pelo farmacêutico nas farmácias e drogarias.

 

Nos vídeos abaixo você vai assistir como proceder para a determinação da glicemia capilar.

 

vale a pena ver de novo:

Estes são outros vídeos bem interessantes não deixe de assisti-los

Referências/Fonte:

Serviços Farmacêuticos, fascículo III, CRF-SP 2010-2011

RDC 44/2009 da ANVISA

Imagem/Fonte: Google

Comente pelo Blogger
Comente pelo Facebook
Comente pelo Google+

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, ele é importante para podermos melhorar as publicações

Este Blog tem a intenção de informar e educar a população em geral e aos profissionais de saúde conhecimento sobre a profissão farmacêutica e sobre medicamentos. As informações contidas neste Blog não devem ser usadas para automedicação e não substituem, em hipótese alguma, as orientações dadas pelo profissional da área médica. Somente o médico está apto a diagnosticar qualquer problema de saúde e prescrever o tratamento adequado. Não tome nenhum medicamento sem orientação médica ou farmacêutica, pode ser perigoso para sua saúde. Na farmácia só o FARMACÊUTICO pode lhe oferecer informações seguras sobre os medicamentos.