De cada três brasileiros, um tem pressão alta. As causas genéticas respondem por até 95% dos casos de hipertensão. A ingestão de sal, obesidade e falta de atividades físicas aumentam o problema. Muitos convive com esse inimigo silencioso e perigoso sem saber. A hipertensão é uma doença crónica que não tem cura.
A pressão arterial (P.A.) pode ser definida de uma forma bastante simples, como sendo a força que o próprio sangue, depois de bombeado pelo seu músculo cardíaco, exerce sobre as paredes dos seus vasos sanguíneos enquanto percorre cada milímetro do seu corpo, garantindo assim que todo ele receberá a “visita” do seu sangue. É indispensável que todo o seu organismo seja bombeado pelo seu sangue, pois sem isto este vai ficar “sem circulação”, podendo ate sentir algumas zonas do corpo sem reação, ou mesmo dormentes.
A circulação do seu sangue é feita através de um sistema “fechado”, isto é, a pressão exercida assim que o sangue saí do coração é a mesma durante toda a circulação no seu corpo, precisamente graças ao impulso dado pelo seu músculo cardiovascular. De uma forma geral, o seu coração tem um ritmo entre os 60 a 80 batimentos por minuto, assim todo o seu organismo recebe a quantidade de sangue necessária para que este funcione da forma correta. Em cada um desses momentos, o seu coração bombeia uma certa quantidade de sangue diretamente para a artéria aorta (que tem uma das principais funções em toda a circulação do seu corpo), sendo depois encaminhado para as inúmeras ramificações que se espalham por todas as partes do seu organismo.
A pressão arterial é medida em dois tipos, a pressão arterial sistólica e a pressão arterial diastólica. Principalmente porque esta sofre algumas oscilações ao longo do seu caminho por todo o corpo, daí existir dois valores que são necessários para definir qual é a sua pressão arterial no momento.
Pressão arterial sistólica – geralmente este valor é denominado de pressão arterial máxima, e é correspondente ao valor medido no momento em que o ventrículo esquerdo bombeia uma quantidade de sangue para a aorta. Normalmente este valor pode variar entre os 120 a 140 mmHg, sendo estes os valores mais comuns para que tenha a sua pressão dentro dos valores normais.
Pressão arterial diastólica – normalmente este valor é conhecido como a pressão arterial mínima, correspondente ao momento em que o ventrículo esquerdo volta a encher-se para retomar todo o processo da circulação. Este valor geralmente está dentro da média dos 80 mmHg.
Hipertensão arterial é a elevação da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais. Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, tais como: cérebro, coração, rins e olhos.
A verificação da pressão arterial tem como finalidade fornecer subsídio para a Atenção Farmacêutica e o monitoramento da terapia medicamentosa, visando à melhoria da qualidade de vida, não possuindo, em nenhuma hipótese, o objetivo de diagnóstico.
TABELA COM CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
Verificada discrepância entre os valores encontrados e os valores de referência constantes em literatura técnico-científica idônea, o paciente será orientado a procurar o médico. Jamais poderão ser indicados medicamentos ou alterados os medicamentos em uso pelo paciente quando estes possuírem restrição de "venda sob prescrição médica".
Devemos dizer aferir ou medir a pressão arterial? Segundo o Michaelis:
AFERIR - Ajustar ao padrão, apurar a exatidão de, conferir, calibrar.
MEDIR - 1 Determinar a medida, extensão ou grandeza de...
Então vocë pode perceber que é apenas uma questão de purismo de linguagem.
Algumas dicas importantes antes de suas verificações:
- esteja sentado e recostado e fique pelo menos 5 minutos descansando antes de realizar a medição;
- esteja calmo e relaxado;
- não esteja com a bexiga cheia,
- não tenha praticado exercícios físicos 1h antes da medida;
- não tenha tomado bebida alcoólica;
- não tenha fumado nos 30 minutos que antecedem a tomada da pressão;
- não fale durante a medicação.
Dicas Para hipertensos
REFERÊNCIA/FONTE:
Serviços Farmacêuticos, fascículo III, CRF-SP 2010-2011
RDC 44/2009 da ANVISA
Imagens/Fonte: Google